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30 de novembro de 2010

Copacabana antiga em cinco tempos – Posto Seis

De vez em quando tomo um chopp no Sindicato do Chopp do Posto Seis, no Eclipse ou então uma cerveja no bar/ botequin “Bunda de Fora”, pontos bastante conhecidos em Copacabana.

Não são baratos esses locais; em compensação, a quantidade de pessoas diferentes que você tem a oportunidade de conversar costuma justificar os reais a mais gastos nessas incursões etílicas.

Nessas incursões, nunca me canso de admirar como Copacabana é um bairro “transitório”, se é essa a expressão correta. Nada é definitivo: não foi no passado, não é no presente e provavelmente não será no futuro…

Veja se você concorda observando as mudanças do Posto Seis…

Posto Seis no século XIX – data não conhecida

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Posto Seis nas primeira década do século XX

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Posto Seis na década de 30

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Posto Seis atualmente

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Posto Seis em 2050…

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Praia de Copacabana e Praia do Leme ?

Hoje não há sentido físico (geográfico) para dividir a e extensão de areia que vai que do posto Seis ao Leme em duas praias, como conhecemos: Praia de Copacabana e Praia do Leme. É muito mais uma questão de cultura do que algum obstáculo geográfico que justifique essa divisão.

Mas nem sempre foi assim. Já houve, pelo menos na maré cheia, uma clara divisão da praia de Copacabana para a do Leme e essa divisão era feita pelas pedras do Inhangá que ficavam na altura de onde hoje é a Rua Rodolfo Dantas.

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A foto acima foi tirada da encosta do morro do Leme, em data incerta, mas com certeza bem antiga.

Praia de Botafogo e Morro da Viúva

Muitas áreas do Rio seriam completamente diferentes se não tivesse acontecido vários aterros na Baía de Guanabara.

Sobre essa perspectiva a praia de Botafogo seria bastante diferente e também o acesso a praia do Flamengo por ela.

A foto abaixo é da praia de Botafogo em 1907, uma enseada cujo nome original foi “Le Lac”, dado pelos franceses. Somente a partir de 1641 passou a ter o nome atual por ali ter residido João Pereira de Souza Botafogo, dono da fazenda que se estendia até a lagoa Rodrigo de Freitas.

 

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Nessa época, quem tentasse contornar o Morro da Viúva para chegar a praia do Flamengo não conseguiria (hoje seria seguir pela Av. Rui Barbosa). Havia uma enorme pedreira no caminho…

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Sem os aterros da Baía de Guanabara, Botafogo e Flamengo seriam completamente diferentes.

Se para melhor ou pior, é uma questão que deixo aberto para debates…

Cemitério dos ingleses e Gamboa - 1840

Quando pensamos em cemitério dificilmente nos vem boas recordações ou a imagem de um lugar “bonito”. Algo bastante compreensível e normal.

Mas a julgar pela foto abaixo de 1840, o Cemitério dos Ingleses tinham uma bela visão da Baía de Guanabara, sem os tantos aterros que ela sofreu. O local era conhecido como Saco (ou enseada) do Gamboa.

O Cemitério dos Ingleses fica na Rua da Gamboa 181 e até bem pouco tempo convivia com a violência do tráfico de drogas do Morro da Providência. Infelizmente eram normais sepultamentos serem interrompidos por tiroteios e muitos túmulos tem marcas de balas.

É o cemitério mais antigo do Rio de Janeiro, tendo o primeiro sepultamento ocorrido em 15 de janeiro de 1811.

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Uma foto atual do Cemitério dos Ingleses, com construções do Morro da Providência muito próximas do seu muro delimitador.

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