Tijuca, bonde na rua Conde de Bonfin em 1926 - fotos do Rio antigo

Nem só de Zona Sul é feita a história do Rio antigo. A Tijuca já era um bairro bem estabelecido, com muitos casarões de quintas arborizados, como mostra essa foto de Augusto Malta em 1926.

Centro, Palácio Monroe - fotos do Rio antigo

Já se passaram mais de trinta anos desde a sua demolição, mas o Palácio Monroe continua despertando polêmica. O Palácio Monroe foi projetado pelo general Francisco Souza Aguiar para a Exposição Internacional de Saint Louis, em 1904. Seu projeto foi premiado. Era a primeira vez que uma obra da arquitetura brasileira era reconhecida internacionalmente.

Terminada a exposição, o Palácio foi reconstruído no Rio de Janeiro, sendo este o primeiro edifício oficial inaugurado na Avenida Central, em 1906. O nome foi uma homenagem ao Presidente americano James Monroe, por sugestão do Barão do Rio Branco, Ministro das Relações Exteriores.

Até 1914 o magnífico palácio continuou sendo usado como pavilhão de exposições.Após algumas reformas passa a abrigar a Câmara de Deputados, que ali permanece até 1922. De 1925 a 1930 é ocupado pelo Senado Federal. A "Revolução de 30" dissolveu o Senado, encerrando um ciclo.

"Por volta de 1970 tem, junto com outros edifícios da Avenida Rio Branco, o pedido de tombamento federal negado pelo IPHAN, conseguindo-o apenas no âmbito estadual. A falta do aval federal para sua preservação levaria a uma verdadeira batalha em 1976. Com as obras do metrô, é pedida sua demolição, apoiada por baluartes da arquitetura moderna como Lúcio Costa, e pelo Jornal "O GLOBO", que o atacava veementemente através de editoriais.

O início da campanha para a demolição do Palácio Monroe foi detonado em 04/07/1974, pelo jornal "O Globo", justificando atrapalhar o trânsito e a construção do metrô, qualificando-o como uma mera cópia, desprovido de qualquer valor artístico. Começa a elencar pareceres favoráveis à demolição.

O Palácio, que fora motivo de orgulho nacional, passa a ser chamado de monstrengo do passeio público, sem importância histórica. O local passa a ser especulado pela iniciativa privada para a construção de um edifício garagem, mas a proposta de uma grande praça para a estação do metrô da Cinelândia, rodeada de áreas verdes, ganha adeptos. Em 11 de outubro de 1975, o Presidente Ernesto Geisel autorizou o Patrimônio da União a providenciar a demolição do Palácio Monroe.

Centro, Rua Uruguaiana em 1909 - fotos do Rio antigo

Hoje conhecida como rua Uruguaiana, em 1909, data dessa foto de Augusto Malta, ela se chamava rua da Vala.

Muitos dos sobrados ainda hoje posem ser vistos em um passeio pela Rua Uruguaina. Vale a pena conferir.

Leme, ressaca na praia - fotos do Rio antigo

Mais uma vez Augusto Malta no brinda com essa incrível foto retirada na praia do Leme em 1921. Pela foto percebe-se que a calçada era muito mais estreita do que a atual bem como a largura da rua. Essa foto mostra uma ressaca na praia retirando pedras portuguesas da calçada. A briga contra o mar é antiga no Rio de Janeiro.

Urca, prédio do campus da UFRJ em 1865 - fotos do Rio antigo

Fui aluno da UFRJ e estudei nesse prédio na Urca. Por dentro é um prédio colossal, muito antigo. Para minha surpresa, mais antigo do que pensava pois em 1865, data dessa foto, de autoria desconhecida ele já estava de pé. Lá antes da UFRJ funcionava um sanitário. Olhando alguns dos estudantes de lá hoje em dia, dá para imaginar que ele nunca deixou de ser inteiramente :)

Centro - Rua Primeiro de Março em 1905 - fotos do Rio antigo

Essa foto é da atual rua Primeiro de Março no tempo em que ainda era conhecida como rua Direita. Esse trcho da rua era conhecido como "carceler", início das linhas de bonde puxados por burros. Do lado direito está a igreja da Santa Cruz dos Militares, edifício hoje ocupado pelo TRE, e o prédio dos Correios. Foto retirada por Augusto Malta em 1905

Centro, foto da Avenida Beira-Mar retirada do Palácio Monroe - fotos do Rio antigo

A foto abaixo além de mostrar uma Avenida Beira-Mar em 1906 bem diferente da atual apresenta também uma curiosidade: ela foi retirada do Palácio Monroe, que hoje não existe mais Mais uma foto de Augusto Malta.

Copacabana, Avenida Atlântica nas primeiras décadas do século XX - fotos do Rio antigo

Nas primeiras décadas do século XX, a avenida Atlântica tinha um charme todo especial, com muitos palacetes. Nessa foto, ao fundo, nota-se o Hotel Londres que hoje não existe mais em Copacabana.

Mais uma foto de Augusto Malta.

Ipanema, perto do atual bar Barril 1800 - fotos do Rio antigo

Essa foto retirada por Augusto Malta onde hoje fica o restaurante/bar Barril 1800 mostra uma Ipanema bucólica por volta do início do século XX. Já era um lugar onde moravam pessoas de alguma proeminência na sociedade carioca.

Copacabana, Rua Toneleiros em 1929 - fotos do Rio antigo

Para quem gosta de fotos do Rio antigo, um nome deve ser sempre homenageado: Augusto Malta, um dos mais importantes fotógrafos do Brasil no final do século XIX e início do XX. Como fotógrafo oficial do Distrito Federal (naqueles tempos o Rio era a capital do Brasil...) deixou um vasto acervo retratando vários bairros da cidade. Grande parte dele, 80 mil fotos, incluindo 2.600 negativos em vidro e 40 panorâmicas, está no Museu da Imagem e do Som. Na foto abaixo, tirada por Augusto Malta em 1929 vê se uma bucólica Rua Toneleiros, bem diferente do burburinho atual de Copacabana.

Jardim Botânico, Jardim Botânico por volta de 1880 - fotos do Rio antigo

Criado em 1808, o Jardim Botânico ainda hoje encanta seus visitantes. Nesses mais de 200 anos muita coisa mudou como a aparência da rua em em frete bem como seu portão de entrada.

Nessa foto que estimo ser por volta de 1880 vê se o portão de entrada do Jardim Botânico e a rua, com o mesmo nome, bem diferente do aspecto atual

Leblon, a favela da Praia do Pinto - fotos do Rio antigo

Hoje considerado o bairro mais nobre da Zona Sul, pouca gente imagina que no Leblon, onde atualmente está localizada a "Selva de Pedra" já houve uma favela, a "Praia do Pinto".

Essa favela acabou com um baita incêndio. Os antigos moradores contam que quando os bombeiros chegaram para apagar o fogo, eles jogavam uma "agua" que fazia o fogo aumentar ainda mais... Foi nessa época que começou a valorização imobiliária dos imóveis no Leblon. Será que uma coisa tem relação com a outra?

Nessa foto, no canto superior esquerdo, podemos ver o conjunto de prédios que formam os "Jornalistas" e a igreja que marca a entrada da Cruzada São Sebastião.

Leblon, - o antigo supermercado Disco - fotos do Rio antigo

Frequentei esse Disco, na esquina da Rua João Lira com Ataulfo de Paiva, quando era criança. Guardo na memória a impressão que era meio sujo. Pode ser que não fosse ou pode ser que fosse. A realidade é que não resistiu e a rede Disco acabou. Será que a sujeira das lojas contribuiu?

Leblon, um cinema em plena praia ? - fotos do Rio antigo

Em plena praia do Leblon, perto do atual posto 12 (ele aparece na foto), houve o cinema Miramar. Hoje seria impensável um cinema a beira mar devido ao custo do metro quadrado do Leblon. Mas esse custo já foi muito menor. Essa foto é de 22/07/1951.

Leblon, Canal da Visconde de Albuquerque - fotos do Rio antigo

Guardo particular afeto com ao Leblon por ser o bairro onde moro desde o meu nascimento. De um local onde se situava um quilombo de escravos, tal a dificuldade de acesso, ao metro quadrado mais caro do Brasil muitos anos se passaram. Mas uma coisa nunca mudou: o charme do bairro.... Aqui vemos o canal da Visconde de Albuquere antes da construção das mansões ao seu lado, que formam o hoje chamado "Jardim Pernambuco". Note-se que essa foto é posterior a construção do Cristo redentor

Botafogo, enseada - fotos do Rio antigo

As duas fotos abaixo mostram a enseada de Botafogo muitos anos atrás. Infelizmente não dá para precisar a data mas sabemos que a primeira é posterior a construção do Cristo Redentor, enquanto a segunda é anterior. Nota-se também que o prédio próximo a igreja ainda não havia sido construído na primeira foto.

Copacabana, Posto 6 por volta de 1930 - fotos do Rio antigo

Hoje quem vai a praia de Copacabana, no posto seis, observa as ruínas do que parece ter sido um cais. E era mesmo. Na década de 30 eles estava inteiro como a foto abaixo mostra.