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28 de dezembro de 2009

Os ambulantes e camelôs de ontem, parte 3 - Fotos do rio antigo

Essa é a terceira e última postagem sobre os ambulantes e camelôs de antigamente. E bem válido para os tempos atuais, de "choque de ordem" dos senhores Eduardo Paes e Rodrigo Benthlem, onde mais uma vez uma das profissões mais antigas da cidade, camelô e/ ou ambulante, passa por repressão intensa.

Para acessar as duas postagens anteriores, clique em parte 1 ou parte 2

Garrafeiros: hoje não encontramos mais ambulantes vendendo garradas de vidro pela cidade mas eles eram bastante comuns em torno de 1895. Era uma época em que o petróleo há pouco havia sido descoberto e não existiam artigos de plástico. Só existiam garrafas de vidro e não eram lá muito baratas. A outra opção para armazenar água e outros líquidos eram as moringas de barro, hoje também em extinção. Mas uma foto de Marc Ferrez.



Verdureiro: na verdade não era apenas verduras que eles vendiam. Frutas (repare o cacho de bananas na foto) alhos, cebolas, etc.. tudo era comercializado por esse ambulante. Existem alguns hoje em dia mas em número proporcionalmente muito menor do que em 1895. Os supermercados, hortifrutis, cobais e outros, com uma variedade muito maior, quase sempre também com produtos com qualidade superior e preços que nem sempre são mais caros foram acabando com esses ambulantes. Foto de Marc Ferrez em 1895.

 

Doceiros e vendedores de pão doce: não importanta se há mais de 100 anos ou agora, doces sempre forão uma atração para os cariocas. Por isso ambulantes e camelôs vendendo doces e pão doce eram bem comuns no Rio antigo e mesmo hoje em dia não é difícil encontrar os sucessores deles, os baleiros e pipoqueiros. As duas fotos abaixo, também de Marc Ferrez em 1895, mostra esses dois tipos de ambulantes do passado da cidade. A primeira é de um doceiro e a segunda de um vendedor de pão doce.





Vendedor(a) de miudezas: os armarinhos e as lojas de R$ 1,99 também tiveram ambulantes antecessores. Eram os vendedores(as) de miudezas que comercializavamm toda variedade de objetos de pequeno valor. O interessante dessas foto é que é de uma mulher em 1895. Para as mulheres com menos recursos, viúvas ou de famílias pobres, o trabalho era necessário desde cedo. Foto de Marc Ferrez.





Espero que ao fim dessa série com 3 postagens sobre os camelôs e ambulantes do Rio antigo, muitos percebam que essa é uma das profissões mais antigas da cidade. Pensar em acabar com ela seria inútil e até prejudicial ao Rio pois é fonte de renda para muitas pessoas e famílias.

Acredito que trata-se muito mais de regulamentar, de uma forma inteligente, sem os "choques de ordem" que muitas vezes escondem interesses imorais, para que a cidade progrida socialmente.

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